REALITY COUNTRY
Pergunto-me muitas vezes por que perco tempo a ver televisão, sobretudo os programas da manhã. Na verdade é pela mesma razão que ando de autocarro e passeio pelos mercados: interessa-me o país real. Ao contrário da intelectualidade Luxiana que domina a imprensa portuguesa e os orgãos de decisão nacionais, eu não acho que Portugal seja Lisboa. Aliás, defendo: Portugal NÃO É Lisboa. É muito diferente. É um país mais ingénuo e mais primitivo; mais básico mas que guarda coisas e valores que desapareceram da grande cidade. Um país mais atrasado, também (basta ver a luta que em todas as terras um punhado de pessoas cultas e inteligentes trava para promover actividades ligadas ao cinema, à literatura, à música, perante a indiferença da maioria pregada à TVI). Alguém disse que Portugal começava em Aveiras. Eu acrescento que o Portugal de 2003 se pode avistar nas manhãs da televisão.
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